O Iraque é um dos países mais vulneráveis do mundo quando o assunto é clima.
O xeque Kezem Al-Kaabi está sofrendo diretamente as consequências dessa situação. Ele luta para continuar cultivando na terra que foi de seus ancestrais, e enfrenta uma escassez de água sem precedentes no país, que diminuiu o nível do rio Tigre e secou canais de irrigação.
Mesmo com a diminuição da produtividade, Al-Kaabi não pensa em abandonar sua propriedade. “Pode soar estranho, mas esta terra é mais preciosa que um filho”, diz.
“Virou uma terra vazia, inútil. É por causa do aumento nas temperaturas, das mudanças climáticas e da desertificação”, lamenta.
Em Bagdá, capital do país, o agente de trânsito Sa’ad Saddam Abdulhasan controla um dos cruzamentos mais movimentados da cidade, no distrito de Karrada.
O trabalho dele mantém a cidade em movimento, mas implica em ficar de pé por horas sob um calor infernal. Somente no verão de 2021, o Iraque registrou 26 dias com temperaturas acima de 50ºC.
Um cinturão verde de propriedades rurais mantinha Bagdá um pouco mais fresca mas, nos últimos 10 anos, a população da capital iraquiana cresceu de 6,5 milhões para 8,6 milhões de pessoas.
Com isso, as áreas cobertas com vegetação deram lugar à ocupação urbana, que causa impermeabilização do solo e aumenta o número de carros movidos a gasolina ou diesel em circulação.
Neste vídeo da série “Vida a 50ºC”, a BBC investiga como o calor extremo está ameaçando as condições de vida no Iraque, um dos maiores países do Oriente Médio.
Confira.
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BBC News Brasil
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FONTE ORIGINAL DO VÍDEO