Tesouro Direto: retornos de prefixados têm leve alta até 12,53%, enquanto juros de papéis de inflação recuam


As atenções dos agentes financeiros nesta quinta-feira (26) estão novamente voltadas para o exterior, com a divulgação da leitura final do Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre dos Estados Unidos – que trouxe novamente uma surpresa negativa ao recuar 1,5%.

Hoje pela manhã, os rendimentos dos títulos americanos (treasuries) com vencimento em dois, cinco e 10 anos caíam.

Solicitações de auxílio-desemprego nos EUA completam a lista de divulgações da cena externa nesta quarta-feira.

Dados de emprego no Brasil são destaque na agenda local, com a apresentação dos números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) de abril.

O mercado também repercute a aprovação do texto-base que limita o ICMS sobre combustível e energia.

No Tesouro Direto, as taxas oferecidas pelos títulos públicos seguem com movimento misto na manhã desta quinta-feira (26). Juros de papéis prefixados negociam em leve alta, em sua maioria, enquanto boa parte dos títulos atrelados à inflação apresentam ligeiro recuo nos retornos.

Na primeira atualização do dia, o maior juro entre os prefixados era oferecidos pelo papel com vencimento em 2033, com cupom semestral. Às 9h20, o retorno entregue por ele era de 12,53%, em linha com os 12,52% vistos na véspera.

Por outro lado, os juros oferecidos pelo Tesouro Prefixado 2025 e 2029 subiam 2 pontos-base (0,02 ponto percentual) cada, de 12,39% para 12,41% e de 12,34% para 12,36%, respectivamente.

Entre os papéis atrelados à inflação, o Tesouro IPCA+2055 oferecia a maior remuneração real. Às 9h20, a taxa real desse título era de 5,83%, abaixo dos 5,85% vistos um dia antes.

Confira os preços e as taxas de todos os títulos públicos disponíveis para compra no Tesouro Direto que eram oferecidos na manhã desta quinta-feira (26): 

Fonte: Tesouro Direto

Rússia, PIB dos EUA e auxílio-desemprego

Após a divulgação da ata do Fed na véspera que trouxe que a autoridade deve elevar os juros em 0,50 ponto percentual nas próximas reuniões, as atenções se voltam para o PIB americano.

Segundo o Departamento de Comércio do país, o PIB dos Estados Unidos caiu 1,5% no primeiro trimestre de 2022 em termos anualizados. Trata-se da segunda estimativa do Bureau of Economic Analysis (BEA).

A primeira estimativa apontou uma queda de 1,4%, resultado muito abaixo da expectativa (que era de alta de 1,1%). As projeções foram frustradas de novo hoje, pois o consenso Refinitiv apontava que a revisão seria uma queda marginalmente menor, de 1,3%.

O BEA informou que o recuo foi revisado para baixo, em 0,1 ponto percentual, e que a retração no primeiro trimestre ocorreu devido ao ressurgimento de casos de Covid-19, e reduções nos pagamentos de assistência do governo relacionados à pandemia.

Ao contrário de boa parte dos países emergentes que estão apertando a sua política monetária, o Banco Central da Rússia anunciou hoje que cortou a taxa básica de juros pela terceira vez desde o começo de abril. Essa é uma nova tentativa de conter a tendência de valorização do rublo e sustentar a economia doméstica.

O BC russo reduziu sua principal taxa de juros em 300 pontos-base (3 pontos percentuais), de 14% para 11%.

Com os dois cortes anteriores, a decisão de hoje reverte a maior parte do drástico ajuste de alta da taxa anunciado no fim de fevereiro, de 9,5% para 20%, na esteira da invasão da Ucrânia pela Rússia e das subsequentes sanções que o Ocidente impôs ao país.

ICMS, Pronampe e reforma tributária

O destaque da cena política está na aprovação dada ontem (25) pela Câmara, ao teto de 17% para o ICMS sobre energia elétrica, combustíveis e gás natural. A proposta passou com amplo apoio – 403 votos favoráveis, 10 contrários e 2 abstenções.

Para diminuir resistências à medida, os deputados colocaram um gatilho temporário para compensar Estados e municípios quando a queda na arrecadação total do tributo for superior a 5%. Essa compensação será feita, se necessário, por meio do abatimento da dívida desses entes com a União. O texto ainda precisa ser aprovado no Senado. A medida tem caráter deflacionário.

Atenção também para a sanção dada ontem (25) pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) ao projeto de lei que cria novas regras para o Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe).

A proposta sancionada autoriza o uso dos recursos já aportados pela União no Fundo de Garantia de Operações (FGO), que abastece o Pronampe, até 31 de dezembro de 2024, ao definir o prazo para devolução dos recursos não utilizados para 2025. A estimativa é que R$ 50 bilhões possam ser emprestados em uma nova fase do programa.

Também na cena política, o Senado discute nos bastidores ajustes na proposta de reforma do Imposto de Renda como forma de destravar as discussões na Casa, informa o jornal Valor Econômico.

Uma das possíveis alterações é diminuir a tributação de dividendos dos 15% aprovados na Câmara para 10%, excluindo da cobrança as empresas do Simples e companhias de lucro presumido com receita de até R$ 4,8 milhões.


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