Tesouro Direto: piso de juro de títulos prefixados recua para 12,10%


Um dos destaques da sessão desta sexta-feira (29) está nos números do índice de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês). O dado mais buscado é o núcleo, que avançou 0,3% em março na base de comparação mensal. Resultado que veio praticamente em linha com o esperado.

Já o índice cheio subiu 0,9% na comparação mensal, avançando 6,6% na base anual, segundo o Departamento de Comércio. Esse é o principal indicador de inflação utilizado pelo Federal Reserve (Fed), banco central americano.

Na véspera (28), investidores acompanharam a divulgação do Produto Interno Bruto (PIB), que recuou 1,4% no 1º trimestre, na taxa anualizada. No entanto, na leitura de agentes financeiros, os números de consumo se mostraram fortes e portanto, reforçaram uma postura mais agressiva por parte do Fed.

Já na Ásia, a mídia estatal chinesa divulgou hoje detalhes de uma reunião em que autoridades prometeram maior apoio político para atingir a meta de crescimento econômico do país para o ano.

No Brasil, as atenções estão voltadas para a taxa de desemprego, que ficou em 11,1% no primeiro trimestre deste ano. O percentual ficou abaixo dos 11,4% esperados pelo consenso Refinitiv.

No Tesouro Direto, os retornos oferecidos pelos títulos públicos apresentam recuo na manhã desta sexta-feira, com destaque para os papéis prefixados, em que o juro cai até 11 pontos-base (0,11 ponto percentual).

É o caso do Tesouro Prefixado 2029, que oferecia uma taxa de 12,10%, às 9h35, contra 12,21% na véspera. No mesmo horário, o papel com vencimento em 2033, com cupom semestral, apresentava um juro de 12,25%, frente aos 12,35% do dia anterior.

Entre os papéis atrelados à inflação, a remuneração real paga pelo Tesouro IPCA+2055, com cupom semestral, recuava de 5,80% para 5,76%, às 9h35, de hoje.

Confira os preços e as taxas de todos os títulos públicos disponíveis para compra no Tesouro Direto que eram oferecidos na manhã desta sexta-feira (29): 

Fonte: Tesouro Direto

China e commodities

Os mercados asiáticos fecharam com ganhos, com as ações chinesas subindo na esperança de maior apoio político do governo.

Autoridades chinesas disseram que o objetivo agora é equilibrar a contenção de surtos e o crescimento econômico. Isso sugere que o governo talvez ajuste a política de ‘tolerância zero’ para permitir alguma flexibilidade.

Os preços do petróleo viraram para o campo positivo, em meio aos bloqueios da Covid-19 na China pesando sobre as perspectivas para a demanda por petróleo, embora haja temores de interrupção da oferta. Já o minério tem forte alta em Dalian, diante da postura de que o governo chinês deve oferecer maior apoio econômico ao País.

Pnad

Na cena local, investidores repercutem os números da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad), divulgados hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

No primeiro trimestre, a população desocupada (11,9 milhões de pessoas) ficou estável frente ao trimestre de outubro a dezembro (12,0 milhões de pessoas) e caiu 21,7% ante o primeiro trimestre de 2021 (3,3 milhões a menos do que as 15,3 milhões de pessoas desocupadas na época).

Apesar de a taxa de desemprego ter ficado estável nos dois últimos trimestres, a população ocupada caiu 0,5% entre o quarto trimestre de 2021 e o primeiro trimestre deste ano (menos 472 mil pessoas empregadas) e o nível de ocupação recuou 0,4 ponto porcentual, para 55,2% (percentual de ocupados na população em idade de trabalhar).

CSLL, IPI e redução no preço dos combustíveis

Na cena política, o governo aumentou a tributação dos bancos para liberar o Refis (programa de parcelamento de débitos tributários) para os microempreendedores individuais (MEIs), micro e pequenas empresas.

Medida Provisória (MP) publicada ontem elevou de 20% para 21% a Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL) dos bancos. A alíquota da CSLL para as instituições financeiras não bancárias sobe de 15% para 16%. O aumento da tributação entrará em vigor a partir de agosto deste ano (primeiro dia do quarto mês subsequente ao da publicação da MP).

Também na seara política, o presidente Jair Bolsonaro (PL) editou decreto para ampliar o corte linear nas alíquotas do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) de 25% para 35%, sob a justificativa de estimular a economia. Com a medida, o governo abre mão de R$ 15,2 bilhões em receitas de impostos em 2022.

O Congresso também aprovou nesta quinta-feira (28) um Projeto de Lei do Congresso Nacional (PLN) que permite a redução de tributos sobre combustíveis sem necessidade de compensar a perda de arrecadação.

Normalmente, sempre que um ente federativo aceita perder arrecadação (com redução ou isenção de tributos, por exemplo) é obrigado a indicar uma outra fonte de recursos para fazer a compensação. Com a aprovação desse projeto, essa indicação não será necessária.

Na prática, a medida facilita a redução de tributos de combustíveis, o que pode refletir em um preço menor da gasolina, do diesel e do gás de cozinha para a população.


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