Tesouro Direto: no 2º dia de ganhos, juros de prefixados chegam até 13,58% e batem nova marca histórica


Os retornos oferecidos pelos títulos públicos no Tesouro Direto apresentam novo dia de alta na manhã desta terça-feira (19). Destaque para os papéis prefixados que voltam a registrar novas rentabilidades históricas, de até 13,58%.

A subida não é à toa. Mais casas, como o Santander, agora esperam que a taxa básica possa avançar para cima dos 14%, com ajustes que podem ir até setembro ou outubro. As revisões para cima têm como pano de fundo a piora fiscal que foi impulsionada pela aprovação da PEC dos Auxílios, com gastos estimados em R$ 41,25 bilhões acima do teto de gastos.

Atenção também para o leilão de títulos atrelados à inflação (NTN-Bs) que o Tesouro realiza nesta terça-feira.

Já na cena externa, os contratos futuros de petróleo revertem a alta registrada na véspera e apresentam recuo de quase 2%, por volta das 9h50 (horário de Brasília).

A temporada de balanços nos Estados Unidos também é monitorada de perto por investidores, especialmente diante de temores de que a economia americana possa entrar em recessão no ano que vem.

Agentes financeiros aguardam ainda decisão de política do Banco Central Europeu (BCE), que será apresenta na quinta-feira (21). O consenso de mercado espera que a autoridade monetária anuncie uma alta de 0,25 ponto percentual. Porém, há chance de que o BCE busque ajustes mais agressivos. Citando uma fonte, a Reuters disse que a instituição vai avaliar se optará por um aumento de 50 pontos-base (0,50 ponto percentual).

Às 9h20, os três papéis prefixados disponíveis no Tesouro Direto ofereciam retorno recorde, sendo que o piso era entregue pelo Tesouro Prefixado 2025, no valor de 13,44%. Percentual que está acima dos 13,34% registrados na véspera (18).

Já o maior juro era entregue pelo papel com vencimento em 2033, que possui cupom semestral. Na primeira atualização do dia, a taxa oferecida era de 13,58%, valor superior aos 13,46% vistos um dia antes. O título começou a ser negociado em fevereiro deste ano.

Rentabilidade histórica também para o Tesouro IPCA+2026, que oferecia uma remuneração real de 6,24%, às 9h20, contra 6,14% na sessão anterior. O papel foi disponibilizado pelo Tesouro em fevereiro de 2020.

Confira os preços e as taxas de todos os títulos públicos disponíveis para compra no Tesouro Direto na manhã desta terça-feira (19):

Fonte: Tesouro Direto

EUA e Europa

Na cena externa, os índices futuros dos EUA apagam parte das perdas da sessão anterior e operam em leve alta na manhã desta terça-feira (19), depois que um relatório sobre a Apple reacendeu preocupações com uma possível recessão no país.

No final do pregão de segunda (18), as ações foram arrastadas para baixo após uma matéria da Bloomberg relatando que a Apple diminuiria as contratações e os gastos com crescimento no próximo ano para se preparar para uma possível desaceleração econômica.

Destaque também para indicadores vindos da Europa. A taxa anual de inflação ao consumidor (CPI, pela sigla em inglês) da zona do euro atingiu nova máxima histórica de 8,6% em junho, ao acelerar de 8,1% em maio, segundo dados finais divulgados nesta terça-feira pela agência de estatísticas da União Europeia, a Eurostat.

O resultado de junho confirmou a leitura preliminar e veio em linha com a expectativa de analistas consultados pelo The Wall Street Journal.

Apenas o núcleo do CPI do bloco, que desconsidera os preços de energia e de alimentos, teve ganho anual de 3,7% em junho, confirmando a estimativa prévia. Já no confronto com maio, o núcleo do índice avançou 0,2% no último mês.

Eleições e PEC dos Auxílios

Na cena política, Edson Fachin, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), rebateu ontem (18) as acusações feitas pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) sobre a lisura do sistema eleitoral e das urnas eletrônicas.

Fachin chamou o episódio de “encenação”. Sem citar o nome de Bolsonaro, o presidente do TSE disse que é preciso dar um “basta à desinformação e ao populismo autoritário”.

Na véspera (18), o presidente Jair Bolsonaro (PL) convocou uma reunião com embaixadores para atacar o sistema eleitoral, mas sem apresentar provas.

Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidente do Senado, também reagiu aos novos ataques feitos por Bolsonaro. O parlamentar afirmou que a lisura do sistema não pode mais ser posta em dúvida.

Atenção também para a notícia de que o Partido Novo protocolou, ontem (18), uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) questionando a Emenda Constitucional 123/2022, decorrente da PEC dos Auxílios (PEC 1/2022), promulgada pelo Congresso Nacional na semana passada. A legenda pede a suspensão dos efeitos da medida pelo menos até o fim do processo eleitoral.

O texto aprovado reconheceu o estado de emergência, “decorrente da elevação extraordinária e imprevisível dos preços do petróleo, combustíveis e seus derivados e dos impactos sociais dela decorrentes”, além de ter ampliado benefícios já existentes a menos de três meses das eleições.


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