Tesouro Direto: juros operam sem direção única; títulos públicos de inflação pagam até 5,83%


As atenções do mercado de juros local estão voltadas para a cena internacional, com a divulgação do Livre Bege, na tarde desta quarta-feira (1).

Investidores vão monitorar as condições econômicas que serão levadas em conta na próxima reunião do Federal Reserve (Fed), banco central americano, a ser realizada entre os dias 14 e 15 de junho.

Relatório de emprego privado (ADP) também chama a atenção nos Estados Unidos, juntamente com o avanço nos preços do petróleo, após o recuo na véspera. A maior parte dos rendimentos dos títulos americanos (treasuries) avançam na manhã de hoje.

Desdobramentos em torno do projeto de lei do ICMS e os possíveis impactos fiscais também continuam no radar dos investidores.

No Tesouro Direto, o mercado de títulos públicos opera mais uma vez com movimento misto nesta manhã. Juros de prefixados apresentam leve avanço, enquanto a maior parte das taxas dos papéis atrelados à inflação são negociadas em estabilidade.

No caso dos prefixados, o maior juro era oferecido pelo papel com vencimento em 2033. Às 9h20, o título entregava um retorno de 12,62% ao ano, acima dos 12,60% da véspera.

No mesmo horário, o Tesouro Prefixado 2025 e o 2029 ofereciam exatamente a mesma taxa: 12,43% ao ano, superior aos 12,39% e aos 12,40%, respectivamente, vistos nesta terça-feira (31).

Entre os papéis atrelados à inflação, a taxa real mais alta era entregue pelo Tesouro IPCA+ 2055, no valor de 5,83% ao ano, em linha com os 5,82% registrados ontem.

Confira os preços e as taxas de todos os títulos públicos disponíveis para compra no Tesouro Direto na manhã desta quarta-feira (1): 

Fonte: Tesouro Direto

Petróleo, EUA e China

Após terminar o dia em queda na véspera, os contratos futuros de petróleo avançam na manhã desta quarta-feira. Por volta das 9h20 (horário de Brasília), os contratos do tipo Brent subiam 0,93%, aos US$ 116,67, enquanto os do tipo WTI eram negociados a US$ 115,36, com alta de 0,57%.

Os preços são afetados pelo embargo da União Europeia (UE) ao petróleo russo, juntamente com o otimismo dos investidores sobre a reabertura em Xangai.

Depois de semanas de bloqueios na China, investidores monitoram novos dados do impacto das restrições na economia. Hoje foi divulgado o índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) da indústria chinesa, que subiu de 46,0 em abril para 48,1 em maio, segundo informaram a S&P Global e a Caixin Media.

Apesar da alta, o resultado indica o terceiro mês consecutivo de contração da atividade industrial do país – a marca de 50 separa contração de expansão.

O aumento do PMI refletiu a redução das restrições impostas pela onda mais recente de covid-19 no país, segundo relatório publicado pela Caixin.

Destaque também para o índice de gerente de compras da indústria (PMI industrial) da zona do euro, que caiu de 55,5 em abril para 54,6 em maio, dentro do esperado pelos analistas. Assim, atingiu o menor patamar em 18 meses, refletindo o avanço da inflação no bloco europeu.

Por outro lado, como veio acima de 50, a atividade segue em expansão, ainda que em ritmo mais fraco. A S&P Global destacou que as encomendas à indústria na zona do euro caíram pela primeira vez em quase dois anos.

Conta de luz e Petrobras

Na cena política, o destaque está na notícia de que a Câmara aprovou ontem requerimento de urgência para a tramitação do projeto de lei que destina créditos tributários cobrados indevidamente de consumidores para abater a conta de luz.

Foram 371 votos favoráveis e nenhum contrário. O texto determina que os créditos tributários cobrados de forma indevida, que somam R$ 60 bilhões, sejam devolvidos aos consumidores integralmente.

Também ontem (31), a Câmara aprovou requerimento para tramitação em regime de urgência do projeto de lei de autoria do líder do PT, Reginaldo Lopes (MG), que prevê regras de transparência para a composição dos preços de combustíveis definidos pela Petrobras.

O PL 3677/2021 determina a divulgação de informações sobre os valores dos componentes que influenciam os preços de derivados de petróleo vendidos no País pela estatal.


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