Tesouro Direto: juros de boa parte dos prefixados recuam e chegam aos menores valores no mês


A sessão desta segunda-feira (23) inicia com os mercados globais em alta, em sua maioria, após as fortes perdas registradas na semana passada. A condução da política monetária americana segue no foco dos agentes financeiros.

A ata da última reunião do Comitê de Mercado Aberto (Fomc), do Federal Reserve, será apresentada na próxima quarta-feira (25). O documento pode dar mais pistas e sinalizar se a autoridade monetária irá adotar um aperto ainda mais restritivo nos próximos encontros para controlar a alta de preços.

Foco também no Fórum Econômico Mundial. Políticos e empresários de todo o mundo estão reunidos desde ontem (22) em Davos, na Suíça, de forma presencial, após dois anos de pandemia.

Enquanto isso, no Brasil, dados de inflação são destaque. Amanhã (24), saem os números do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo -15 (IPCA-15) de maio, conhecido como a prévia da inflação.

Segundo o Itaú, o indicador deve registrar alta mensal de 0,42%, levando a taxa anual para 12,01% – o que representa leve desaceleração em relação a abril, quando o acumulado de 12 meses ficou em 12,03%.

A política também está no foco dos investidores. Deputados federais devem votar amanhã (24), um projeto de lei complementar que define energia, combustíveis, telecomunicações e transporte como bens essenciais, estabelecendo uma alíquota máxima de 17% no ICMS sobre os itens.

O imposto é a principal fonte de arrecadação dos estados, e economistas calculam que a medida poderia aliviar o IPCA de 2022 em até 1,2 ponto porcentual.

No Tesouro Direto, os juros oferecidos pelos títulos públicos operam em estabilidade, em sua maioria, na manhã desta segunda-feira (23).

Apesar disso, entre os prefixados, maior parte dos papéis registra recuo nos juros. Na primeira atualização da manhã, as taxas chegavam ao menor nível no mês. Caso do Tesouro Prefixado 2033, com cupom semestral, que oferecia 12,19%, às 9h20, abaixo dos 12,24% da última sexta-feira (20).

Entre os papéis atrelados à inflação, a remuneração real oferecida pelo Tesouro IPCA +2026, por exemplo, estava em 5,39%, estável em relação aos 5,40% da sessão de sexta-feira.

O Tesouro IPCA+2055, com cupom semestral, por sua vez, apresentava recuo no retorno real, de 5,73% para 5,71%, às 9h20 de hoje.

Confira os preços e as taxas de todos os títulos públicos disponíveis para compra no Tesouro Direto que eram oferecidos na manhã desta segunda-feira (23): 

Fonte: Tesouro Direto

Fórum, Lagarde e commodities

Na cena externa, Volodymyr Zelensky, presidente da Ucrânia, discursou nesta segunda-feira (23) na sessão de abertura do Fórum Econômico Mundial de Davos e pediu “sanções máximas” contra a Rússia, a quem acusa de ter “interesses sanguinários”.

A atual edição é marcada pela exclusão da Rússia e focará nas consequências provocadas pela invasão à Ucrânia e a desaceleração do crescimento global.

Agora pela manhã, o Banco Central Europeu (BCE) publicou um texto escrito pela presidente da autoridade monetária, Christine Lagarde. Ela diz que o continente passa por um processo de normalização da política monetária e que a partir do terceiro trimestre o bloco deve deixar de ter juros negativos.

Atenção também para as commodities. As cotações do petróleo são negociadas perto da estabilidade, por volta das 10h30 (horário de Brasília) de hoje.

Investidores monitoram a demanda de combustível dos EUA, oferta apertada e um dólar um pouco mais fraco, juntamente com a aproximação da reabertura de Xangai.

ICMS

Na política local, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), afirmou ontem (22) que é preciso “acabar com a taxação excessiva” sobre bens e serviços essenciais que vigora no Brasil, como energia e combustíveis.

“Ou o Brasil acaba com a taxação excessiva de bens e serviços essenciais, ou a excessiva taxação de bens e serviços acaba com o Brasil. O Brasil precisa controlar a saúva, mais uma vez!”, escreveu Lira no Twitter.

Os deputados federais devem votar amanhã (24), um projeto de lei complementar que define energia, combustíveis, telecomunicações e transporte como bens essenciais, estabelecendo uma alíquota máxima de 17% no ICMS sobre tais itens.

O projeto é de autoria do deputado Danilo Forte (União-CE) e tramitará em regime de urgência. O parlamentar chegou a classificar os reajustes nas tarifas de energia como “draconianos”.


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