O que esperar da Vale (VALE3) com a queda do minério de ferro?


A Vale (VALE3), que tem o minério de ferro como principal negócio, surfou a onda da expansão do real estate do mercado imobiliário chinês. Porém, com o plano quinquenal da China, houve uma mudança no foco de crescimento, com o setor de construção perdendo força.

Além disso, entramos em um momento em que algumas commodities valorizaram muito, enquanto outras, como o minério de ferro, registram forte queda.

Mas mesmo assim, Alexandre Mastrocinque, Head de research na Grimper Capital, está otimista em relação ao ativo e detalhou melhor a tese por trás.

Inflação de custos

O minério de ferro encarou altos e baixos bruscos em seu preço e hoje encontra-se negociado abaixo dos US$ 100, o que pode estar próximo do novo piso da commodity.

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Isso porque, impulsionada pela inflação de custos, a extração do minério está muito mais cara e, pelo menos no curto prazo, não deve arrefecer, avalia Mastrocinque.

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Para o head, o valuation da Vale continua muito atrativo, e com boa oportunidade para se posicionar.

Curto prazo

Por ser um ativo pouco relacionado ao Brasil, que portanto não é impactado pelas eleições e atividade interna, uma vez que 90% da receita é dolarizada, a ação conta com um componente defensivo.

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“O ativo é uma boa chance da gente ‘fugir’, pois tem uma boa margem de segurança, devido ao valuation atrativo, além de seguir gerando muito caixa”, complementa Alexandre.

Longo prazo e pautas ESG

Principais economias do mundo vêm se posicionando em relação às teses de descarbonização e redução de emissões. “Nesse sentido, a Vale possui seu minério de maior qualidade”, explica.

As mineradoras fornecem minérios com conteúdo ferroso diferente, em que, segundo Mastrocinque, o padrão para o preço de U$S 100 é o minério com 62% de conteúdo ferroso, já os da Vale possuem uma média de 65%.

A grande vantagem é que, com mais ferro, precisa-se de menos para produzir e logo, a emissão é menor. “O aço produzido com um minério de qualidade tem uma pegada de carbono menor”.

Onda tech

Outra pauta que tem movimentado os mercados é dos produtos necessários para novas demandas tecnológicas, como cobre e níquel. Ainda que o principal negócio da Vale seja o minério de ferro hoje, a companhia conta com uma divisão de metais básicos, sendo uma das principais produtoras de níquel no mundo e também, uma grande produtora de cobre.

O que a torna ainda mais interessante na visão da Grimper é que a companhia produz de 90% a 95% dos metais com baixa emissão de carbono, já que sua energia provém de hidrelétricas. Além disso, boa parte de suas minas se localizam no Canadá, uma região geo politicamente estável.

Considerando toda a conta apresentada, para Grimper Capital, a Vale tem bons ativos e estruturalmente bem posicionados tanto no curto quanto no longo prazo.

Mais detalhes sobre a tese você pode encontrar no Por que Invisto Em, assistindo ao vídeo acima.

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